Fiz um trabalho para a faculdade sobre o comportamento da mulher casada no século XIX. Gente, que alívio por não ter nascido naquela época. A mulher cabia apenas casar. O casamento era a única forma de realização e isso em regime de total submissão. Elas não podiam exercer nenhuma outra função que não fosse ligada a casa e aos filhos.
Mesmo com essa realidade louca que nos assola agradeço por fazer parte de uma geração que possui direitos. Embora com tantas mudanças noçivas a vida em família a mulher alcançou o seu lugar. Possui deveres acumulados: mãe, esposa, profissional, bela, inteligente... Mas seus direitos são reconhecidos.
Quando conheci o meu marido ele tinha um pequeno defeito de achar que as coisas deveriam ser do jeito dele, que eu deveria aceitar as suas imposições e detalhe maior: "a imposição dos outros". Lógico que esse foi o motivo de maior conflito entre nós. Depois de quase quatro anos juntos, sendo dois de casados, esse problema foi resolvido. Ele entendeu que eu não tenho que fazer o que ele quer e nem muito menos o que os outros querem. Aprendeu isso de maneira a concordar piamente com essa minha posição.Encontramos um equilíbrio.
Quando vejo as esposas dos amigos dele reclamando do marido sempre coloco que nós somos privilegiadas por termos maridos que nos apoiam em tudo. Ficam do nosso lado e alguns até mesmo quando a mulher está errada. Não tem um que tente impor nada a esposa. Reclamam de barriga cheia... Já pensou se tivessem nascido no tal século XIX? Ou até bem depois, no tempo da minha avó? (Embora minhas duas avós eram mulheres de personalidade forte e "mandavam" nos meus avôs).
O fato é que mudanças benéficas de um lado, acúmulo de funções do outro... Mas, sem dúvida, vale a pena ser a mulher de hoje. É um desafio e tanto!
sexta-feira, abril 27, 2007
Postado por Sandro Dias às sexta-feira, abril 27, 2007