terça-feira, agosto 15, 2006

Todos os dias me apresento diante de Deus e enumero todos os meus defeitos. Peço a ele, sinceramente, que cada um deles seja modificado. Que aqueles que me fazem sofrer desapareçam da minha alma. Os que ferem as outras pessoas, esses, urgentemente, que jamais voltem a me perseguir. Peço a ele cura para as feridas que machucam, libertação dos traumas, fantasmas, inseguranças. Perdão por atos impensados, por palavras duras.

Peço ao meu pai direção. Luto contra um temperamento explosivo e difícil, sei disso. Mas agradeço pela humildade em reconhecer que sou falha. Não possuo a soberba de me considerar acima do bem e do mal. Peço desculpas sempre que necessário. Mas não me omito quando algo não caminha muito bem. Grito, esperneio, brigo para que a justiça seja feita. Doa a quem doer.

É com a mesma velocidade com que me cobro, que exigo daqueles que fazem parte da minha vida. Luto por respeito, amor, tolerância, maturidade, lealdade, humildade, confiança. Muitos correram. Outros reconheceram o valor de pessoas demasiadamente sérias, tarde demais. Outros idealizaram como algo que se assemelha a perfeição. Coisa nenhuma. Muitas falhas, terríveis equívocos, mas a capacidade de renunciar a uma estratégia e procurar um novo caminho.

Valores tão pequenos. Pergunto-me aonde cheguei até agora. Não sei responder. Agradeço a ele tudo que tenho em minha vida. Mais uma vez, muito obrigada. Mas continue a me dar essa coragem para lutar por aquilo que eu acredito. Custa caro. Mas sei que essa força sai daí de cima.