O mar derruba a bela construção de um castelo de areia
O vento bagunça os cabelos da bela moça, e da feia
A chuva afoga os bichos, as plantas
O coração atordoa a mente com as emoções, são tantas

O viver derruba os sonhos ora tão pueris
Quero retroceder em meus desejos infantis
A boneca, a mochila, o cãozinho
O despertar que chega devagarinho

Deveria chegar ferozmente
Abrir a janela, ver o sol contente
E o mundo está aí para quem quiser ver
E quando a chuva chegar, já estamos a saber

Quero descobrir

Não quero ser exemplo para ninguém
Quero fazer aquilo que minha alma anseia
Quero andar nua
Falar palavrão
Viver a minha vida
Quero falar com os pássaros
Ser alimentada pela brisa da tarde
Quero ser duas em uma
Sou duas, três, quatro
Não sei quem sou
E também não estou interessada em saber
Quero descobrir